Neta afirmou que funcionários da unidade de saúde se negaram a fornecer uma maca. Secretaria Municipal de Saúde disse ter prestado ‘toda a assistência possível’.
Enquanto número de infectados pelo novo coronavírus cresce, diminui o número de leitos vagos em hospitais do Rio de Janeiro. Como mostrou o RJ2 desta segunda-feira (13), a escassez de locais apropriados para os pacientes tem feito com que alguns doentes fiquem no chão.
Foi o caso de dona Lenísia, que em foto exibida por familiares aparece estirada no chão do Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste. De acordo com parentes da mulher, a imagem foi feita na segunda-feira passada.
A neta dela, Fabíola de Oliveira Carvalho, afirmou que funcionários da unidade de saúde se negaram a fornecer uma maca para que a mulher fosse acomodada. A mulher deixou o hospital sem ser atendida.
“A gente pediu uma maca para eles, pra ela deitar. Eles se recusaram, até que ela ficou com muita dor. Ela deitou no chão porque não estava aguentando mais”, disse a neta.
Fabíola disse que a família tentou ir a outras unidades municipais, mas novamente teve o atendimento para Lenísia negado. No dia 17 de março, após realizar uma tomografia no Pedro II, foi confirmado que que a idosa tinha um tumor no pâncreas e metástase no fígado e no pulmão.
“Tentamos internado lá no Rocha Faria, no Pedro II, no Cardoso Fontes… Todos eles se recusaram a internar ela porque falaram que não tinha mais o que fazer. Melhor ir pra casa e morrer no conforto”, lamentou a neta.
No dia 4 de abril, um médico da Clínica da Família Sônia Maria Ferreira Machado, na Zona Oeste, atestou que a paciente precisava ser internada. Mesmo assim, os parentes de Lenísia precisaram recorrer à Justiça. No entanto, nem com uma ordem judicial em mãos eles conseguiram internar a mulher em uma unidade de saúde pública.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio comunicou ter prestado toda a assistência possível. No entanto, a pasta afirma que , como a paciente tinha câncer, foi indicado que ela buscasse unidades de referência das redes estadual, federal e universitária.
Fonte: G1
Alguns comentários:
Vergonha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!